segunda-feira, 23 de setembro de 2013
Uma noite na casa amarela
Sinto o frio de um inverno próximo e escuto os grilos. Uma noite sozinha na casa amarela, como foram tantas outras noites da minha vida. Aqui eu já fui de tudo. Fui feliz, fui alegre, fui triste, fui sonhadora, fui mulher e fui amante. Aqui meu mundo um dia caiu e passados muitos outros, um novo mundo se ergueu diante de mim. Eu morri e renasci, bem aqui.
Mais um trem passou, indo sempre na mesma direção. Diferente de mim, que fui em muitas outras direções. Cruzei mares e continentes, vivi novas línguas e alfabetos.
Eu amo esta casa profundamente. Olho para cada cantinho onde Moby e Bebel gostavam de ficar. Achei no basement um bola, uma bacia de alimentar cães e uma coleira velha.
Sonhei muitos sonhos nesta casa, vivi para mim e Moby e Bebel nos últimos anos que estive nesta casa. E hoje penso: Eu estou viva e o que eu tenho hoje em minha vida foi mais do que pude esperar.
Esta casa, com suas paredes, ficará. E eu, continuo ficando, horas por aqui e horas acolá.
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